Em algumas culturas, o abraço é uma demonstração de afeto. Podendo o abraço ser utilizado como uma forma para expressar vários sentimentos.
Para o cachorro, esse gesto pode ser interpretado, erroneamente, como um gesto de dominância, visto que, na etologia, o abraço só existe no momento do acasalamento.
Com o número crescente de casos de pessoas que são atacadas por cães, resolvi escrever um pouco sobre esse assunto. Na verdade, uma parte singela de muitos casos que vemos na mídia.
É frequente casos de pessoas que tiveram seus rostos, pescoços e outras partes do corpo mordidas por seus cães de estimação. E geralmente, os ataques acontecem quando as pessoas abraçam os cães.
Na maioria das vezes, as mordidas ocorrem sem uma intencionada provocação por parte da vítima. A falta de conhecimento da linguagem canina pode acarretar situações de perigo mesmo dentro dos nossos lares.
A agressividade do cachorro pode ser uma herança genética, mas a agressividade pode ser modelada por meio da educação canina.
Tanto o cão como a vítima não deve pagar o preço da negligência do tutor. O entendimento da linguagem canina pode nos livrar de muitos tipos de ataques.
ALGUNS SINAIS QUE PRECEDEM UM ATAQUE
-Rosnado;
-Mostra dos dentes;
-Latido ameaçador;
-Olhar fixo no objeto de ataque;
-Andar rígido;
-Pelos do dorso arrepiados.
Um bom educador canino, adestrador ou treinador poderá orientá-lo sobre a linguagem canina.
ALGUNS MOTIVOS QUE PODEM LEVAR O ANIMAL A ATACAR
-Falta de socialização do cachorro na época correta;
-Quando o cão faz uma leitura errônea da intenção da pessoa e recebe a atitude como provocativa.
A maior frequência de mordidas é em crianças. Quando um cão morde uma criança o encargo é sempre do tutor que tem a criança e o cachorro sob a sua responsabilidade.
ALGUMAS SUGESTÕES PARA EVITAR MORDIDAS EM CRIANÇAS
-Educar a criança para que não abrace ou provoque os cães;
-Educar a criança a respeitar os animais;
-Nunca permitir que o cão retire com a boca algum objeto que esteja com uma criança. Se isso acontecer, ensinar a criança a não retirar o brinquedo da boca do cão; solicitar ajuda do tutor;
-Ensinar a criança a não correr na frente do cachorro, visto que o cão pode decidir perseguir a criança devido ao seu instinto de caça;
-Educar desde cedo o cãozinho a não saltar nas pessoas, pois pode machucar e assustar a criança ou o adulto;
-Evitar que crianças e cães comam juntos, pois isso pode ativar o instinto de disputa pelo alimento, causando agressividade por parte do cachorro.
Mesmo para os tutores que não têm crianças, a educação canina deve ser trabalhada para que o cão respeite as crianças, visto que algum dia poderá receber ou visitar famílias com crianças.
A educação canina deve ser aplicada nos filhotes, e é o melhor caminho para evitar problemas futuros de agressividade em cães.
Espero poder contribuir com a mudança da mentalidade das pessoas sobre a convivência entre cães e humanos. Enfatizando que os cães são em primeiro lugar animais, e seus instintos básicos de sobrevivência e reprodução sobressaem a qualquer tipo de convivência com os humanos, pois pertencemos a espécies diferentes.
Procure um profissional qualificado para educar o seu cão assim que ele chegar em casa. Investir na educação canina é investir no bem-estar e na segurança familiar e social, evitar problemas futuros, e o investimento valerá pelo tempo que o seu cão viver.
Cão A otimizando relações
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